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sábado, 11 de maio de 2013

ESPORTE E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

O Esporte como fator do desenvolvimento social

 

O Esporte cumpre um importante papel na formação e no desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes. No entanto, para que isso ocorra, é mister a concepção e aplicação de uma política pública adequada à nossa realidade social.
 
Sem uma estratégia definida, sem a elaboração coerente de um projeto de médio e longo prazo e, principalmente, sem a determinação necessária para bem implantá-lo, é apenas uma peça retórica para uso eleitoral.
No máximo, para alguns poucos beneficiados, será mais uma atividade de lazer.
E quando me refiro a política pública, quero dizer que a estratégia e a elaboração de um projeto consistente tem que partir do poder público, seja na esfera federal, como na estadual e municipal. A iniciativa privada também é parte importante para o financiamento e a implantação desse projeto, mas jamais deveria ser o principal responsável pela sua elaboração, pois o faria sempre de acordo com seus próprios interesses.
 
 A Responsabilidade Social Corporativa é um termo imponente e sedutor, mas significa muito pouco em termos práticos. É retórica privada.
 
O Esporte é um meio eficaz de inserção e integração social, pois retira as crianças das ruas, as afasta das drogas, do crime organizado, da prostituição infantil e do ostracismo. Ao mesmo tempo, estimula a disciplina, os hábitos saudáveis de vida, ensina a importância da persistência na busca das metas, possibilita a experiência da vitória consagradora, da derrota pedagógica, do respeito ao adversário, da participação em equipe, do desenvolvimento da auto-estima e do orgulho familiar. Isso, sem falar nas possibilidades de ascensão financeira e social.
 
E um exemplo de excelente política pública é a Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo, liderada pelo secretário Walter Feldman (PSDB). Muito mais do que uma vitrine para a administração Kassab, devido o exemplar método de gestão pública, essa Secretaria revolucionou a burocrática, decadente e inepta estrutura anterior, descentralizando e democratizando as práticas esportivas em toda a cidade. Não há um bairro de São Paulo cujas crianças não possam participar de uma modalidade ou evento esportivo.
Os eventos ocorrem todos os fins de semana, integrando crianças, adultos e também a terceira idade, realizados em espaços públicos e privados, a partir de importantes parcerias com a iniciativa privada. Nos dois últimos fins de semana, apenas para citar um exemplo de integração social, foram realizadas as disputas do OCRE -Olimpíadas das Comunidades de Raízes Estrangeiras.
 
O Esporte, além de tudo, é democrático e universal. Para os praticantes das corridas de rua, por exemplo, há eventos todos os fins de semana. E não há nada mais democrático que uma corrida de rua. Para participar, basta um par de tênis, um short e uma camiseta. Assisti à Meia Maratona Internacional de São Paulo, no último domingo, e constatei a participação de corredores de todas as idades e níveis sociais. A organização da prova foi impecável e contou com importantes patrocínios privados. O clima geral era de alegria e entusiasmo.
 
Mas, sem dúvida, o evento que realmente revolucionou o Esporte paulistano e passou a ser um ícone para o Esporte nacional foi a Virada Esportiva de São Paulo. São vinte quatro horas de esportes em múltiplas modalidades e por toda a cidade. Neste ano, a participação foi de 2,3 milhões de pessoas de todas as idades, classes sociais e etnias. A estratégia delineada é clara e adequada: descentralizar os eventos e levar o Esporte até as pessoas.
No meio de tanto desencanto com as instituições públicas, de tanto descrédito com a classe política, é muito bom saber que existem exceções. O Esporte sempre foi marginalizado pelos políticos por contar com escassas verbas no Orçamento e por ser considerado apenas um acessório na promoção do desenvolvimento social.
 
Em São Paulo, felizmente, esse entendimento vem mudando a partir de iniciativas criativas e inovadoras como as descritas. Ainda falta muito para o ideal, mas o caminho está correto e deveria servir de exemplo para o resto do país.
 

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