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domingo, 25 de novembro de 2012

DESISTIR SEMPRE É MAIS FACIL, FAÇA O DIFICIL NÃO DESISTA NUNCA


Desistir é a escolha mais fácil.

A prática de esporte é algo que direciona o jovem na formação de seus valores. Com ele aprendemos que vitórias não caem do céu. Que pessoas de sucesso ralam e sofrem muito para conquistar tudo àquilo que almejam. A grande diferença é que o vencedor ou pessoa de sucesso obtém prazer de onde os demais enxergam somente dor e sofrimento.
Com o esporte é possível entender com facilidade que ter metas é essencial e que para atingi-las é precioso: treino, dedicação, perseverança, garra, luta, força de vontade, repetições e mais repetições, dentre tantos outros valores.
Tanto no esporte quanto na vida profissional às vezes é necessário abrir mão de coisas importantes como: horas de sono ou com a família, cardápios sedutores, horas de descanso, etc; para ser bem sucedido. Mas muitas vezes manter em equilíbrio todas as atividades do dia não é nada fácil.
O esporte sempre nos ensina algo novo. Quando comecei a competir, achei que estava bem. Foi então que me inscrevi numa prova de endurance e fui quase o último a completar a prova demorando 4 horas 14 min e 26 segundos a uma velocidade média de 17 Km/h. Depois de mim apenas mais 2 pessoas cruzaram a linha de chegada. Na ocasião, a grande vitória foi completar a prova. Mas não me senti bem sendo um dos últimos. Mas tinha consciência que poderia ser um dos primeiros. Com isso procurei ajuda e comecei a treinar e treinar forte mesmo.
Na maioria das vezes me sinto um malabarista que com as duas mãos precisa equilibrar três bolas (trabalho, treinos e família). Mas um ano depois a recompensa veio. A sensação de diminuir o tempo despertou a vontade de melhorar ainda mais. É algo que vicia.
O resultado positivo gera a vontade de se obter um resultado ainda mais positivo, assim entramos num ciclo vicioso. Retomei novamente os treinos, com planilhas especificas para cada deficiência a ser corrigida. Acordando muito cedo para treinar. Alimentação adequada e direcionada. Reforços musculares específicos para fortalecer grupos essenciais e também para evitar lesões. Dois meses antes da competição o corpo respondeu. Cada treino passou a ser uma tortura. Às vezes longe da cidade treinando, parava pra me perguntar o que estava fazendo ali. Sentia-me mal, como se não quisesse mais fazer aquilo. O que estava acontecendo já que “nem aquilo que me entrego já me traz contentamento”. Foi uma ducha de água fria. Dez meses se preparando e dois meses antes ver tudo indo embora pelo ralo. É muito frustrante. Nos dois meses antes da prova meu único pensamento foi de não participar da corrida. Mas mesmo assim resolvi me inscrever e retomar o velho sentimento de que, o fato de participar já uma grande vitória, afinal muitos tem vontade de participar, mas nem todos tem coragem.
Logo na largada percebi que as coisas não estavam mais como antes, a falta de treino e de ritmo já me suforcaram no sprint da largada. Assisti ao grupo se distanciar. Pouco mais de 1 Km da largada encaramos uma subida de 4 Km sob sol forte.
Nesse momento vi muitas pessoas me ultrapassarem. Vi muitas pessoas sentarem a beira do caminho e outros tantos apenas virarem suas bikes e desistirem retornando a área da largada. Nesse momento a única vontade que tinha era de DESISTIR. Entregar os pontos. Para isso bastaria descer da bike ou apenas virar a bike e descer sem esforço algum até a largada. Isso deixou claro como na vida “Desistir é a escolha mais fácil”, não exige esforço algum. Basta parar. E qual é o esforço que tenho de fazer para parar? Nenhum. Não preciso nem mesmo freiar, na subida basta parar de pedalar.
Nesse momento fiquei pensando quantas vezes pensei em desistir na vida? “Puxa” foram muitas. Pensei em desistir de acordar cedo para treinar, de largar minha família e ir embora estudar, de abandonar minha estabilidade e mudar de cidades para trabalhar entre outras. Descobri que o numero de vezes que pensei em desistir é proporcionalmente igual ao numero de vezes que escolhi seguir em frente. Como disse Lance Armstrong: “A dor é passageira, desistir é para sempre”. E foi exatamente isso que passou em minha mente todas as vezes em que tive que optar por escolher entre seguir em frente ou desistir.
Na corrida como na vida segui em frente e aos poucos senti que poderia ir mais além e aos poucos o corpo vai entrando no ritmo. A endorfina começa a agir e o que parecia impossível já vai se tornando real. “A mente desisti primeiro que o corpo”. E mantendo a mente saudável conseguimos ir longe e alcançarmos nossos objetivos. Manter o foco, o otimismo, acreditar são condições fundamentais para se enfrentar os desafios. Assim sigo eu pedalando e tirando pequenas lições para minha vida.


Fonte: Clubetimon.com


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