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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A POLÊMICA DA FORMAÇÃO DOS CAMPEÕES

Existem muitos pais e profissionais, que querem que seus filhos sejam campeões sem treinamento o que é impossível, alguns artigos dizem exatamente o contrário : Sem treinamento não há campeões. Também existem  grupos que não querem ter o trabalho de desenvolver atletas, preferem seduzilos com  promessa de um pequeno salário para dar visibilidade as própias aspirações pessoais, interrompendo assim a carreira de um atleta que poderia ser brilhante. A equipe Mantiqueira Ciacitre atravéz de seu n método de treinamento pode comemorar a conquista do CAMPEONATO PAULISTA DE RESISTENCIA na categoria Infanto juvenil com a brilhante atuação de LUCAS COUTO CAMPEÃO PAULISTA 2012.




A FORMAÇÃO DE JOVENS ATLETAS
Estudioso canadense ministra palestra e concede entrevista
Marina Gomes 
Jornalista colaboradora do Grupo de Estudos Avançados em Esporte, CEAv-UNICAMP
No dia 24 de novembro de 2010, o professor Colin Higgs esteve na Faculdade de Ciências 
Aplicadas em Limeira para ministrar uma palestra sobre organização esportiva e formação de jovens atletas. Membro do Conselho Internacional para Ciência do Esporte e Educação 

Física ele explicou o programa de desenvolvimento de crianças no Canadá, onde é professor da Memorial University of Newfoundland, desde 1975.Lá, o planejamento de longo prazo já deu frutos: em 2010, nos Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver o país ganhou 14 ouros, o recorde de todas as edições do evento. “Nunca outro país ganhou este número de ouros”, contou.

Logo de início, Higgs relacionou os principais erros identificados no Canadá na formação de 
jovens atletas e que foram sendo corrigidos ao longo do programa. Dentre eles:
1) Crianças treinavam como adultos;
2) Mulheres como homens;
3) Jovens participavam de competições sem sentido;
4) Os treinadores mais experientes trabalhavam com a elite, quando deveriam estar na base, 
desenvolvendo os atletas.
Além disso, os programas antigos eram estruturados seguindo a ordem cronológica (idade) e não as potencialidades do indivíduo.
 Dessa forma, não era levado em conta que um garoto de 14 anos, por exemplo, poderia estar em diferentes estágios de desenvolvimento e precisaria ser treinado de acordo com sua individualidade. 

Para que o sistema ficasse mais justo foi elaborado um programa seguindo os chamados períodos 
sensíveis de treinamento, ou seja, as idades mais adequadas para cada tipo de estímulo. “Alguns 
movimentos têm que ser aprendidos na infância – nos períodos chamados de críticos – ou você nunca poderá fazê-los corretamente depois”, disse.Ele apontou que os erros cometidos na infância (especialmente entre os 6-10 anos) prejudicam a formação completa futura do atleta. “O que havia era um treinamento para resultado imediato e não em longo prazo. E isso não funciona.
 Leva 10 anos ou 10 mil horas de prática para ser bom em qualquer coisa. Ou seja, 3 horas diárias por 10 anos para alcançar o topo. Mas, claro, é importante não trabalhar forte com crianças pequenas. As cargas vão sendo aumentadas de forma contínua, principalmente na adolescência”, refletiu.
Segundo o programa canadense o período de alfabetização física vai dos 0-6 anos. É o tempo de nadar (apenas sentir a água, na verdade), correr e fazer ginástica (atividades de pendurar, girar e  rolar). Depois disso, vem o aprendizado pela diversão (6-9 anos para meninos e 6-8 anos para as meninas, que amadurecem mais rápido). 
De 8-11 anos é época de aprender a treinar. E depois, até os 16, é o momento crítico para o alto rendimento, já que o corpo está produzindo milhões de hormônios e em constante mudança. A partir dos 16 começa o refinamento das habilidades. 
Então, o atleta não é mais um corredor, é um velocista de 100m, ele exemplifica.Higgs termina a palestra com o seguinte conselho. “Muito se pergunta sobre como identificar os 
jovens talentos. Isso não existe. Não é 'encontrar' um talento. A questão é desenvolvê-los, é a 
formação”, finalizou.

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