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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Anésio Argenton ,ciclista que gravou seu nome no Panteão dos Herois do ciclismo mundial.


Nascido em 14 de março de 1931 na cidade paulista de Boa Esperança do Sul, Anésio Argenton é um dos maiores ícones do ciclismo brasileiro e uma lenda viva da modalidade.

Os feitos de Argenton ainda levarão décadas para serem superados. O atleta brilhou e reinou absoluto no país do final dos anos 40 até início dos anos 60.

Argenton traz no currículo o melhor resultado do Brasil na história das Olimpíadas em provas de pista (velocidade) com a quinta colocação nas Olimpíadas de Roma, em 1960. Ele é também o único ciclista com medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos, com uma medalha conquistada em Chicago, em 1959. Argenton tem outros diversos outros títulos sul-americanos, brasileiros e em Jogos Abertos.

Considerado um dos 100 maiores atletas do século passado pela revista Época, na edição especial das olimpíadas de Atlanta, em 1996, Anésio Argenton é aposentado da antiga Estrada de Ferro Araraquarense e vive em Araraquara desde menino. Mora com sua esposa Antônia e suas filhas Márcia e Marisa.

Anésio começou a praticar ciclismo pelas estradas de terra da cidade com uma bicicleta de pneu “balão” e dividia seu tempo entre o trabalho de entrega de mercadorias de um armazém da cidade.

Logo começou a se destacar nos treinamentos e, iniciando nas competições, não foi diferente. Vestindo a camisa da Ferroviária venceu várias competições em São Paulo e logo recebeu o convite para competir pela equipe da Caloi, em São Paulo.

Na Caloi pedalou ao lado de grandes ciclistas brasileiros como Roberto Barbosa, Antônio Alba, José de Carvalho, Cláudio Rosa, Luís Carlos Flores, entre outros.

As poucas estradas asfaltadas tornavam difícil a tarefa de treinar e a maioria das competições eram em estradas de paralelepípedo e terra. As bicicletas eram incomparavelmente inferiores às bikes dos adversários estrangeiros.

O tempo passava e os feitos de Argenton são memoráveis se levarmos em conta a falta de apoio, as viagens longas, a falta de orientação e o escasso apoio técnico e físico da época no país

CAMPEÃO SEM TROFÉU

No campeonato Sul-americano de 1959, em Caracas, na Venezuela, o recordista mundial, um venezuelano, estava com o melhor tempo da prova do KM contra o relógio. Anésio Argenton foi o último a largar e pulverizou o tempo do venezuelano. Venceu a prova e deixou o velódromo de Caracas a um silêncio fúnebre. O troféu de campeão ele não trouxe, porque simplesmente já estava gravado com o nome do campeão local.

Nas Olimpíadas de Melbourne, em 1956, e na de Roma, em 1960, Argenton não contava com nenhum tipo de apoio. Nem massagista, nem técnico, nem alguém sequer para segurar a sua bicicleta para a partida da prova do KM contra o relógio. Mesmo assim obteve a sexta colocação na prova do KM em Roma. Em Roma, o pai do boxeador Éder Jofre fez o papel de massagista.

DIAS ATUAIS

Aposentado do esporte de competição, por assim dizer, desde o final da década de 60, Anésio Argenton continuou ligado ao ciclismo e colaborando com seus conhecimentos como coordenador de equipe e dirigente esportivo da equipe de Araraquara, cidade que tem tradição nesse esporte, obtida também através dos tempos por grandes nomes do pedal, como Adolpho Fécchio, falecido aos 76 anos, em 2001, 18 vezes campeão do interior em provas de resistência

Argenton trabalhou por muitos anos com sua bicicletaria, hoje desativada, no bairro de Santa Angelina, na Rua São Bento, em frente à sua casa.

Por muitos anos sua história de vida e sua carreira serviu de exemplo para o surgimento de toda uma geração de atletas e esportistas, não somente do ciclismo.

Vitorioso no esporte e na vida, Anésio Argenton superou um câncer nos intestinos e hoje, apesar do fato de ter um desgaste nos dois joelhos e utilizar de um aparelho andador para se locomover, goza de bom estado de saúde física e mental.

Extraido de:Bikemagazine

Um comentário:

Valentim Valente disse...

Estou com a mesm a idade do Argenton .Estava deitado e de repente sem mais nem menos me surgiu na mente o nome Argenton . Dai pensei : Argenton foi um ciclista campeão quando eu era moço . Onde andará o Argenton ? Ai consultei o Google .Não tinha o nome do Argenton . Tinha nome de cidade ,escritório de advocacia mas Argenton nada . Uma falha grave do Google .Dai teclei ciclista Argenton e apareceu o nome do nosso campeão . Assim como Argenton ,ninguem fala mais em grandes figurs do esporte brasileiro como Maria Ester Bueno excepcional tenista homenageada pela familia real britânica com uma cadeira cativa no setor ocupado pela fanilia real em Winbledon. O Eder Jofre só recentemente teve a sua carreira mostrada depois de 50 anos da conquista do título mundial . Daqui uns trita anos é capaz de nem ser citado pela imprensa esportiva o nome do fabuloso Ayrton Senna da Silva . É preciso que se faça uma campanha para serem sempre lembradas as grandes figuras citadas como o Anesio Argenton .Em todas as competções ciclisticas no Brasil e no exterior os narradores tem o brigação de falar no Argenton . Falou Valentim Valente