
Cumprir distâncias e obter marcas superlativas faz de atletas como os paranaenses Luigi Cani, Alexandre Ribeiro, Larissa Cunha e Raphael Bonatto super-heróis do esporte
Deixar o lar, superar desafios e retornar transformado da aventura é uma constante nos mitos de heróis de várias culturas. Hoje, cabe ao atleta essa trajetória em busca de ultrapassar limites. Alguns, vão além e, assim como os heróis modernos transformaram-se em super-heróis, tornam-se superatletas.
Eles vão forçam o próprio físico ao extremo em troca da satisfação de fazer o que pouquíssimos são capazes – percorrer longuíssimas distâncias, gigantescas altitudes, ter o mais perfeito corpo de todos. É um mundo de superlativos que invade diferentes modalidades. A recompensa é um prazer que definem como “indescritível”.
“A autossuperação causa a descarga de serotonina e de endorfina no cerébro, que gera um bem-estar. Muitos vão querer doses cada vez mais altas dessa sensação, como um vício”, explica a psicóloga esportiva da seleção feminina de vôlei, Sâmia Hallarge.
O preço para chegar a esse prazer é abrir mão de atividades triviais da humanidade – o happy hour, a sobremesa, os 15 minutos a mais de sono – em favor das horas de treinamento disciplinado. Em comum, superatletas costumam ter alto nível de atenção, ótima capacidade de concentração e de enfrentamento das adversidades, enumera o psicólogo esportivo Gilberto Gaernter.
Extraido da Gazeta do Povo por: Adriana Brum