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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

PROJETO PARA O CICLISMO BRASILEIRO


Projeto de R$ 25 milhões pretende criar ídolos no ciclismo brasileiro


Iniciativa é da Caloi, que criou programa para criar equipe competitiva às Olimpíadas de 2016
[ i ]Atletas têm oportunidade única da iniciativa privada para desenvolver potencial e garantir participação nas grandes competições internacionais
São Paulo- A Caloi vai investir R$ 25 milhões em quatro anos em busca de um sonho: o de desenvolver atletas competitivos no ciclismo brasileiro para a Olimpíada de 2016, no Rio, e nas edições dos Jogos Olímpicos subsequentes, criando no Brasil um ou mais ídolos capazes de dar impulso ao esporte, muito popular na Europa. 
O presidente da fabricante de bicicletas, Eduardo Musa, apresentou o projeto para as modalidades estrada e, especialmente, mountain bike. Esta última terá equipe administrada diretamente pela empresa, com técnico estrangeiro e planos de participar do calendário internacional da União Ciclística Internacional (UCI).
“Dizem que toda pessoa tem de gerar um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Eu acrescentaria um item: ajudar o País a conquistar uma medalha olímpica”, disse o executivo. Ele não esconde que o objetivo da iniciativa é criar um ídolo para o esporte a exemplo do que foi Gustavo Kuerten para o tênis.
Musa lembrou que, depois dos títulos de Guga em Roland Garros, muitos jovens, até de origem humilde, passaram a praticar o tênis como um esporte no qual é possível um brasileiro ser competitivo. É lógico que, como empresário, ele não esconde a pretensão de se beneficiar com um efeito colateral positivo da criação de ídolos: o aquecimento do mercado interno de fabricação de bicicletas.
As maiores apostas de Musa estão na equipe de mountain bike, formada por dois atletas que deverão estar no auge da forma em 2016: Henrique Avancini e Sherman Trezza, ambos de 23 anos, além do jovem talento Nicolas Sessler, de 18 anos, atual sétimo do mundo no ranking juvenil da UCI. Ainda está em negociação a contratação de um treinador da equipe olímpica britânica.
“Aqui no Brasil, o ciclismo é desenvolvido, mas não como em outros países, especialmente os da Europa de forma que se eu ficar competindo só em nível nacional, talvez não consiga desenvolver todo o meu potencial”, explicou Sessler, ao ressaltar a importância do apoio que vai receber. Ele sabe que o benefício virá acompanhado de uma grande responsabilidade de corresponder às expectativas, mas prefere não falar em pressão e, sim, em aproveitar uma chance rara no ciclismo brasileiro.
No ciclismo de estrada, o projeto é mais modesto. A Caloi vai apoiar a equipe de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, que ganhou reforços importantes do time de Sorocaba, destaque da temporada deste ano, mas que fechou as portas. A meta é conseguir, em 2013, o selo continental que garante às equipes participar das principais competições internacionais. “Essa é nossa meta”, revelou o técnico da equipe, Benedito Tadeu de Azevedo Júnior.
FONTE: 15 Dez 2012 . 19:38 h . Valéria Zukeran, da Agência Estado, e Diogo Rocha .

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