Na reorganização política e civil da itália nos anos 50, quando o progressivo desaparecimento da milenária civilização agro pastoral, era o sinal que estava mudando e que queria mudar, e o esporte não foi diferente, começou também sob o perfil intelectual, moral e também fisiológico.
O Panathlon para quem não conhece, funciona da mesma forma do Rotary e o Lions, que tem suas forças econômicas e culturais ao serviço da sociedade. O Panathlon nasce entre abril e junho de 1951 por um grupo de venezianos que se reuniram na sede do Comitê Olímpico Nacional Italiano, para preservar o espírito que o desporto pudesse ser visto essencialmente como instrumento determinante para formação material, moral, e espiritual do individuo e de amizade e fraternidade entre os povos.
O Panathlon sempre foi uma das poucas associações que crêem realmente nos valores éticos e culturais do desporto, ela é uma reunião de amizade e de comunicação, mas deve ser também, o local para implantarmos ou iniciarmos juntos a expectativa para as pessoas preocuparem com o mundo esportivo, o esporte tem que ser o espelho do mundo, longe das corrupções, das violências físicas e psicológicas, na burla da química, dentro e fora do campo temos que mostrar para a sociedade o beneficio para a formação do cidadão.
O Panathlon nasceu exatamente no dia 12 de junho de 1951, e compareceu 24 dos 30 convidados, cada um representando uma modalidade esportiva. Com a semente lançada através de Mario Viali, ex oficia da artilharia e tinha 58 anos, foi idealizador e batalhador na formação desta associação que foi inspirado ideologicamente nos princípios de Pierre de Coubertin, semelhando à organização do Rotary, que no começo foi denominado como o Rotary dos desportistas, para dar idéia imediata o que seria este novo clube, também teve a denominação de “disnar sport” que em dialeto veneziano significa jantar esportivo, depois de varias reuniões o panathleta Ludovico, que é primo de Mario Viali, sugeriu, e foi aprovado por todos como Panathlon - “Pan” - “Todos”, e “Athlon” – “Esporte” que significa - “Todos Esportes”, e a frase - “Ludis Iungit” - que significa “o esporte unge”, “o esporte une”, que seria o jantar dos desportistas, a reunião onde a mesa se reavivam as amizades, se fala e se discute com mais franqueza e cordialidade, se eliminam as duvidas, os equívocos e as incompreensões, todos aqui somos iguais em busca do ideal panathlético.
Em dois anos (1953) foram criados 7 clubes, formando o Panathlon Italiano, em 1957 Mario Viali, passou a ser presidente de honra e Aldo Mariano, assumiu a presidência e ficou 11 anos, e em sua permanência, com muita ação, entregou com mais de 70 clubes.
Em 1956 foi criado o Panathlon da Suíça, com mais de 200 sócios, mas como Mario Viali, achava que somente com 03 paises é que pudesse ser instituído a entidade como internacional, foi então em 1960, com a formação dos clubes da Espanha, Madrid e Barcelona e da França, Paris, foi criado o Panathlon Internacional, e com essa formação a comissão fez um trabalho onde o Panathlon teve participação nas olimpíada de Roma. Neste mesmo ano, em 1962, já tínhamos mais de 80 clubes e o clube de numero 86 tomava rumos Sul Americano, neste ano foi formado os clubes da Argentina (Buenos Aires e Rosário).
Em 1974 foram fundados os clubes do Brasil, Mexico, Chile, Peru, Colômbia e Uruguai.
Em 15 de agosto de 1981 foi criado o clube de Sorocaba, sendo que no Brasil possui 25 clubes, sendo a maioria no estado de São Paulo.
No mundo existem aproximadamente 280 clubes com 13.000 sócios em 31 países, ou seja ser panathleta é participar desta grande família de esportistas que trabalha pela ética a moral e a essência do esporte.
CARTA DO FAIR PLAY
Qualquer que seja o meu papel no esporte, mesmo aquele de espectador,empenho-me em:
- Fazer de cada meeting esportivo, pouco importando o prêmio em jogo e a importância do acontecimento, um momento especial, uma espécie de festa.
- Adequar-me às regras e ao espírito do esporte praticado.
- Respeitar meus adversário como a mim mesmo.
- Aceitar as decisões dos árbitros e dos juizes esportivos, sabendo que como eu, possuem o direito de errar, mas que fazem de tudo para evitá-lo.
- Evitar as deslealdade e as agressões nos meus atos, nas minhas palavras ou no que escrevo.
- Não usar artifícios nem subterfúgios para obter o sucesso.
- Manter a dignidade tanto na vitória como na derrota.
- Ajudar a todos, com a minha presença, minha experiência, minha compreensão.
- Socorrer qualquer esportista contundido ou cuja vida estiver em perigo.
- Ser realmente um embaixador do esporte, ajudando a fazer respeitar, no meu ambiente, os princípios aqui firmados.
De acordo com esse compromisso posso considerar-me um verdadeiro desportista.
Conheci o trabalho e a história do Panathlom, com o amigo Loriz Turrini
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