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quinta-feira, 19 de junho de 2014

O VALIOSO TEMPO QUE FOGE,,,,,,,

Ricardo Gondim: Tempo que foge! Contei meus anos e...








Tempo que foge!

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: – Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”.............
Ricardo Gondim Do livro “Creio, mas Tenho Dúvidas”, Editora Ultimato, página 107.


sábado, 7 de junho de 2014

O COMPLEXO DE VIRALATAS

Complexo de Vira-Latas: sentimento de inferioridade começou no período de colonização

FONTE:http://www.ebc.com.br/esportes/copa/2014/06/complexo-de-vira-latas

 

 

Líria Jade - Portal EBC 06.06.2014 - 19h52 | Atualizado em 07.06.2014 - 12h27
O preconceito difundido e absorvidos pela classe média brasileira gera uma inferiorização da nação. "Tudo o que é de fora é melhor", "aqui nada pode dar certo", são alguns dos pensamentos do indivíduo do chamado Complexo de Vira-latas.
O termo foi definido pelo dramaturgo e jornalista Nélson Rodrigues em uma famosa crônica publicada em 1958, que acreditava que, até então, os brasileiros viviam o chamado “complexo de vira-latas”,. “Por 'complexo de vira-latas' entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol”, escreveu Nelson. Naquele ano, o país ganharia a Copa do Mundo da Suécia e começava a se tornar o país do futebol.
O documentário, dirigido por Leandro Caproni, O Complexo de Vira-Latas discute o tema e faz um panorama social e político da realidade brasileira. De acordo com o filme, o sentimento de inferioridade começou no período de colonização.
Confira a primeira parte do documentário sobre o Complexo Vira-Latas:
Confira a segunda parte do documentário Complexo de Vira-latas:
Confira o terceiro trecho do documentário que aborda o Complexo Vira-Latas: 
Confira a última parte do Complexo Vira-Latas:
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